domingo, 6 de dezembro de 2009

Mayra Aguiar conquista o bronze no Mundial Júnior em Paris

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Depois de passar dez meses longe dos tatames por causa de uma cirurgia no joelho, a brasileira Mayra Aguiar conquistou a medalha de bronze na categoria até 78 kg no Campeonato Mundial Júnior, em Paris, na França. Para subir ao pódio neste domingo, Mayra venceu por ippon (imobilização) a ucraniana Ivana Makukha.


Com o bronze de Mayra, o Brasil encerra a participação no Mundial Júnior com três medalhas. Sarah Menezes já havia sido ouro na categoria até 48 kg e Mariana Silva ficou com o bronze entre as judocas de até 63 kg. O país terminou o torneio na quinta colocação no quadro geral de medalhas, atrás de Japão, Ucrânia, França e Coréia do Sul.

Em dezembro de 2008, Mayra sofreu uma grave lesão no joelho direito. A judoca ficou afastada dos tatames por dez meses, e só retornou há mês, para participar da seletiva para o Mundial Júnior em Paris.

"Foi uma fase muito difícil. Se não fosse o apoio da minha família, amigos, técnicos e o pessoal do meu clube, a Sogipa, não teria chegado aqui. Fiquei deprimida e esta medalha me deixa muito feliz, pois comprova que eu posso estar entre as melhores do mundo", disse a jovem judoca, que ainda poderá disputar mais um mundial júnior em 2010. "Quero chegar à quarta medalha e só falta o ouro para mim."

Com o bronze conquistado neste domingo, Mayra se tornou a atleta do país com o maior número de medalhas em mundiais júnior. A brasileira chega ao terceiro pódio na carreira. Foi bronze em 2006, na República Dominicana, e prata em 2008, na Tailândia.

Mayra estreou no Mundial com vitória por wazari sobre a croata Ivana Maranic. Na sequência, bateu a francesa Audrey Tcheumeo por ippon e nas quartas de final perdeu para a japonesa Akari Ogata por ippon (imobilização). Pela repescagem, superou a coreana Ha-Na Shin por ippon.

Prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007 e representante do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, a atleta da Sogipa (RS) é uma das principais revelações do judô brasileiro nos últimos anos.

Masculino
O meio pesado Jonas Inocêncio (até 100 kg) e o pesado Roberto Silva (mais de 100kg) foram derrotados em suas lutas de estreia na competição. Jonas perdeu por wazari para o francês Clement Delvert e Roberto sofreu quatro punições e foi eliminado do combate com o russo Magomed Nazhmudinov.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Doping de Daiane dos Santos surpreende ginastas e dirigentes brasileiros















A notícia de que Daiane dos Santos foi flagrada em exame antidoping pegou de surpresa antigos colegas da ginasta na seleção brasileira. Embora soubessem da rotina de exames repentinos promovidos pela Wada (agência mundial antidoping), atletas como Laís Souza e Diego Hypólito jamais imaginaram que a gaúcha pudesse ser pega com substâncias proibidas.

  • "É muito estranho tudo isso. Ela está fora de competição, então ela poderia comer, beber, tomar o que ela quisesse", afirmou Laís Souza, que treina ao lado de Daiane no Clube Pinheiros, em São Paulo. "Fiquei sabendo pela televisão e liguei para a Laís para saber o que estava acontecendo. Estou sem muito contato com a Daiane este ano. Mas fiquei bastante surpreso", afirmou Diego.

    Daiane foi submetida aos exames surpresas promovidos pela Wada em julho. Segundo Diego revelou à reportagem do UOL Esporte, ele também foi surpreendido por um emissário da agência na mesma época. O ginasta treina no Flamengo, no Rio de Janeiro.

    "Estava malhando na academia quando um representante da Wada apareceu dizendo que eu tinha de fazer um exame antidoping. Foi em julho também, na mesma época da Daiane. Mas eu estava em rotina de competição. Fiz outros, inclusive, depois disso", disse o ginasta, que disputou o Mundial de ginástica artística de Londres em outubro.

    O anúncio do doping de Daiane foi feito nesta sexta-feira por meio de um comunicado oficial da Federação Internacional de Ginástica. Segundo a nota, a brasileira foi flagrada pelo uso de furosemida, diurético presente em fórmulas de medicamentos para emagrecer.

    "A Daiane sempre foi magrinha. Mesmo depois que fez a última cirurgia no joelho e ficou sem competir, não teve muitos problemas de peso. É muito estranho tudo isso", finalizou Laís Souza.

    O técnico da ginasta, Raimundo Blanco, também questiona o resultado do exame. "Deve ter acontecido algum engano. Ela não está competindo agora. Não teria sentido usar nada neste momento", analisou o treinador.

    Há uma semana, Daiane participou do UOL Esporte Entrevista e declarou que pretendia voltar à seleção brasileira em 2010. "Eu já estou praticamente liberada para treinar, tenho que ter um ganho de força em uma das pernas, que é o que falta para ele (o médico) me liberar".

    Dois lados
    Eliane Martins, árbitra da FIG (Federação Internacional de Ginástica) e coordenadora da seleção brasileira durante os 18 anos da gestão de Vicélia Florenzano na CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), acredita que a entidade não divulgaria uma história tão grave se não estivesse comprovado.


    Entretanto, assim como Laís e Diego, ela não vê em Daiane o perfil de uma atleta que use substâncias proibidas. "Mas também não acredito que ela [Daiane] tenha feito isso, porque ela tem conhecimento das regras, sempre foi muito disciplinada, uma atleta exemplar. Ela sempre foi um exemplo de comportamento para as outras meninas, uma liderança superpositiva dentro do grupo".

    Eliane também negou que o caso já fosse conhecido há mais tempo. Ela esteve no Mundial de ginástica artística, disputado em Londres na segunda semana de outubro, e garante que não ouviu comentários sobre o doping que mais tarde viria a ser de conhecimento público.

    "Não se falou absolutamente nada a respeito disso. Ainda conversei com o doutor [Michel] Léglise, que é o médico da FIG, e com a Nellie Kim, que é do comitê [de ginástica artística feminina da FIG] e é minha amiga, e ninguém sabia de nada. Mas isso é sempre uma coisa muito sigilosa também", concluiu.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Flávio Canto concorre ao prêmio Heróis do ano!

Idealizador do Instituto Reação, que ajuda crianças das favelas do Rio de Janeiro com a prática do esporte, o judoca Flávio Canto está concorrendo aos "Heróis do Ano", prêmio concedido a 10 pessoas eleitas pela CNN. São 22 candidatos, divididos em seis categorias. O brasileiro está na briga pela categoria "Defesa da Criança", na qual é avaliado o compromisso com o bem-estar dos jovens.

País decepciona e sai da Holanda sem medalhas.

A decepção é clara. Pela primeira vez, o Brasil chegou ao Mundial de Judô com dois campeões mundiais e voltou para casa sem nenhuma medalha. Maiores esperanças brasileiras, Tiago Camilo e Luciano Corrêa foram eliminados e viram seus resultados serem superados por judocas menos consagrados, como Daniel Hernandes, Sarah Menezes e Rafaela Silva, que conquistaram o quinto lugar, o melhor desempenho da delegação na Holanda. Porém, o país registrou o resultado mais significante no feminino desde 2003, quando Edinanci Silva foi bronze.
- Foi uma surpresa não muito feliz este resultado. Vamos sentar e avaliar onde erramos. Sabemos que o Brasil não foi o único país que teve um desempenho abaixo do esperado, mas vamos nos preocupar apenas conosco - disse o presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley.